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O que vi na Transworld Room Escape Conference & Tour, a principal feira de Escape Game das Américas Publicado por Claudio Santiago em 06 de Junho de 2017

O que vi na Transworld Room Escape Conference & Tour, a principal feira de Escape Game das Américas

 


Por Claudio Santiago, sócio proprietário do Escape Time Brasil

O mercado de Escape Games não para de crescer no Brasil. Se há dois anos era uma novidade para todos nós, hoje somos uma realidade com oportunidade segura de negócio nas mãos. Mas para onde vamos? Como evoluir? Como faremos mais interação? A realidade aumentada entrará como? Todas as salas terão atores? Os jogos ficarão mais sensoriais? Quando teremos fornecedores para esse mercado? Em busca dessas respostas como se quisesse avançar para um futuro próximo embarquei no começo do mês para a principal feira de Escape Games das Américas, a TransWorld Room Escape Conference & Tour, em Niagra Falls, nos Estados Unidos. A feira aconteceu entre os dias 1 e 5 de maio, e reuniu dois mercados fortes de Escape Game, o Canadá e os Estados Unidos. O evento reuniu diversos fornecedores para os jogos com suas traquitanas, cadeados, processos de automação, enfim, tudo para as salas. No congresso, as discussões eram interessantes. “É preciso ter um bom marketing ou um bom game?” Na minha opinião, os dois! Falou-se bastante em tecnologia de automação. Nossos monitores brazucas ganharam status de Game Master, o que faz todo o sentido já que eles conhecem o jogo do começo ao fim. Esse profissional muda o jeito de intervir no jogo também. Lá, ele comanda tudo de uma tela, com muito mais interação e automação de processos. Lá, o game master não fala, quem fala é a personagem do game.

Fui chamado um dos dias do congresso para apresentar o case Escape Móvel, com o nosso Truck Escape. Falando de praticidade e mobilidade, o nosso produto 100% nacional está à frente de tudo que tem no mundo. Segundo os conferencistas, o mercado de Escape Games é realmente o futuro do entretenimento. Há cinco anos atrás não haviam 200 casas de Escape. Hoje, o Canadá e os Estados Unidos somam mais de 1.500. Como é um mercado em franco crescimento, muitos dos presentes estava abrindo novas casas. Mas tudo bem, consegui entender um pouco o motivo desse aumento significativo no número de casas de escape por lá pela quantidade e qualidade dos fornecedores de materiais. Aqui no Brasil ficamos restritos a lojas de fantasias de carnaval e bons cenógrafos fazendo um trabalho personalizado. Isso é uma coisa que estamos engatinhando aqui no Brasil. Lá, existem fornecedores profissionais de tudo. Projetores, controles de porta e compartimentos, sensores que se abrem com o som, unidades de chama, lápides, bonecos muito reais, esqueletos e uma quantidade imensa de bonecos diversos. É totalmente possível montar uma casa de Escape usando só os fornecedores que existem por lá.  A 5Wits, empresa de pouco mais de 10 anos, se intitula a evolução do entretenimento. Já passou o status de Escape Game. Seu diretor tem uma visão de mercado bem interessante e fala que a evolução do Escape Game vai nos levar a um patamar nunca antes visto. As salas que ele montou em um shopping é toda hig tech e automatizado. Vai demorar alguns anos para vermos algo do tipo por aqui.

O ponto alto da feira foi mesmo as excursões guiadas para essas principais salas. Uma riqueza de detalhes que chega a impressionar. É uma experiência sensorial que chega a assustar pelo nível de realidade empregada nela. As salas têm cheiro, tem textura e eles usam muito as luzes como ilusão de ótica. Muito tema de terror e Egito antigo também. A Locked-up, casa de Escape localizada em Buffalo tinha uma dessas salas de Faraó do Egito e eu fui lá jogar. Riqueza dos detalhes, muitas passagens secretas, cheiro, som, luzes, tudo em perfeita harmonia. Muitos enigmas para se fazer em conjunto, todos ao mesmo tempo. Havia uma sala que eu jurava que estava num rio, dentro da água. O lazer fazia um efeito da superfície e eu via coisas lá no fundo. Demais! As salas definitivamente não são para criança. Dão muito medo, zumbis correm atrás de você com serra elétrica ligada, me lembrou muito as noites do terro do nostálgico Playcenter.

Em comparação com o nosso negócio, o Brasil está em outra fase, ainda tudo no começo. Minha visão é que estamos na maturidade certa com diversas casas abrindo e essas vão evoluindo aos poucos. O que podemos fazer agora é empregar  upgrades para as salas, usar mais essas experiências sensoriais para oferecer ao público um mercado de entretenimento ainda mais enriquecedora. As chances estão aí e buscar novidades e formas criativas de crescer com as salas é a nossa meta.

 

Sites :

http://www.roomescapeshow.com/

http://5-wits.com

http://www.locked-upescapegames.com/

Fotos: